quinta-feira, 26 de julho de 2012

A espera.




Claro que não estou esperando que você seja perfeito, só quero alguém que esteja feliz comigo e não olhando para os lados a procura de outras aventuras.
Se for para encarar a vida com garra, vontade e desejo… vamos juntos.
Quero saber que posso confiar no olhar de quem me acompanha.
Acordar sem medo, sem a dúvida angustiante de saber se estou sendo amada ou se sou só mais uma em sua vida... 
Não quero mais me doar, cuidar ou oferecer o meu amor para quem não valoriza.
Até o meu coração que é burro, já entendeu que não quer mais perder tempo.
Prefiro a solidão confortável e sincera do que a companhia de alguém que não me respeita.
Mas não quero essa solidão pra sempre!


                                                                      Fran       

Argumentos.




Não sei mais quantas vezes eu preciso dizer para você esquecer.
Qual a parte que você não entendeu, quando digo “esse amor não é possível”?
O que te faz continuar tendo esperanças?
Preciso lhe convencer que você está lutando por uma causa perdida.
Que teimosia é essa que te impede de enxergar os fatos?
Passo horas e horas enumerando os motivos para recomeçar, mas você nem me escuta e continua com todas as suas expectativas.
Por quantas frustrações você precisa passar para desistir?
Que espécie de amor é esse que resiste à tantos desencontros?
Não sei o que você faz para se recuperar de tantas decepções e continuar amando.
Tantos “não”, tantos “talvez” e você continua acreditando no “sim”.
Já esgotaram todas as estratégias que procurei para te demover dessa idéia fixa.
Nada deu resultado!
Você sofre, chora, se machuca… mas se levanta a cada tristeza.
E todas as vezes que a tristeza passa, o amor que você sente continua intacto.
Alguns diriam que isso é determinação… que é saber o que quer.
Eu, continuo achando que é burrice…
Já passou da hora de você virar a página.
Mas quando tento explicar pela última vez, você me surpreende.
Diz que quando o amor é verdadeiro, resiste à tempestades e ventanias.
Me mostra que nem sempre é possível amar e receber o mesmo amor em troca.
Conta que o amor quando é grande, não pode ser extinto num piscar de olhos.
Fala que mesmo se houver lágrimas, a grandiosidade do sentimento supera qualquer coisa.
Então me calo… aceito e respiro para continuar.
Concluo que na batalha entre a razão que me domina e nas palavras que você me diz, perco a batalha para os seus argumentos.
Me rendo e me submeto…
Você pode até ser burro, mas é o meu coração.
Esse meu coração que mesmo sofrendo, nunca desiste de amar…
Coração que bate, pulsa e determina o que sinto.
Definitivamente, não consigo lutar contra ele.
O meu coração sempre vence!

                                                         Fran       

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Do verbo (esquecer).




Eu poderia tentar explicar esse meu jeito, assim, de te querer tanto e falar que não quero mais, de mandar um monte de e-mails , mesmo sem resposta. De sentir tanta saudade, e uma vontade gigante de ir correndo te ver, e ser mais sua do que nunca.
Queria que você aceitasse essa minha loucura toda, essa vontade urgente de fazer acontecer, de verdade e pra sempre. E você ainda sim, estragar tudo.
De passar a noite acordada pensando em você, e esperando uma ligação que nunca chega...
De sentir o coração apertado, lembrando quantas vezes você ligou e eu perdi a ligação, assim, meio sem me importar. Hoje a falta que me faz ouvir sua voz.
Queria voltar no tempo e fazer diferente, aprender a te gostar com calma.
E quantas vezes eu pensei em nós dois e um mundo só nosso? Coração e quadris no mesmo ritmo. Ser-pra-sempre-tua. Quantas vezes eu sonhei com aquela paz que vem com o depois. Respiração e coração acelerados, vontade que não acaba.
‘Falo mentalmente’ que não quando penso no quanto já sou tua. Quando me pego lembrando dos nossos detalhes, de quando nos amávamos com tamanha intensidade e prazer.
V O N T A D E: De te ter pro resto da vida. De te esquecer pra-nunca-mais.

A palavra da semana é esquecer. Esquecer que dói, esquecer que faz falta, esquecer todas as noites que jantavamos juntos, depois deitavamos no tapete pra assistir um filme que na maioria das vezes nem conseguiamos assistir, pois era impossivel estarmos juntos , seu corpo colado ao meu... o filme sempre ficava pra depois. Esquecer que não tenho mais você pra dormir de conchinha. Esquecer de tantas vezes que eu tentei, mesmo tudo dizendo não  e dizia sim o coração.

Esquecer que um dia aconteceu, pra não lembrar que agora acabou.


                                                                                 Fran        
                                                      

Sobra tanta falta.




Eu procuro uma palavra que me caiba, que me seja inteira, que me sirva de alento, me cubra de sentido e me transforme.
Preciso encontrar uma palavra que salve uma vida e que me diga como é que se faz para enfrentar os dias e encarar as noites sempre tão cheias da sua falta.
É tanto amor ainda para declarar, você nem sabe.
É tanta vida que eu queria viver pra você.
Tanta existência para se resumir em exclamações.
Há tanto de você em mim, ainda, para verbalizar.
E agora, esse  amor resolveu teimar comigo – como senão bastasse me enlouquecer aos poucos – dizendo que não vai embora e pronto.
Amor estupido, que sai por ai tomando decisões, escolhendo um nome, um endereço, um rosto e um coração só para me causar saudade.
Eu já usei de tantos amanhãs, talvez, ainda precise de tantos outros para me convencer de que tudo passa.
Ainda bem que tenho a poesia para enfeitar os meus silêncios. Ainda bem que a gente se encontrou um dia , né? Eu sei bem como é essa vida sem você comigo.
Imagino como ela seria se nossos dedos, nossas pernas, nossos corações ainda estivessem entrelaçados. Mas, eu não consigo imaginar essa minha vida sem esse nosso encontro.
Eu acho que todo amor deveria ser reciproco, sabe?
Só para garantir que você não vai esquecer – em meio a esse inverno que faz toda noite – eu te amo.

                                                                            Fran                                  

terça-feira, 24 de julho de 2012

A vida continua.




Quando a noite cai
É que eu sinto a falta que você me faz
Saudade que não passa e nem me deixa em paz
A sombra de um amor que já brilhou demais.
Você foi pra mim
A coisa mais bonita que me aconteceu
Nao pode imaginar os sonhos que me deu
E quanta insegurança que deixou o adeus.
Amei você
Sem truques,sem maldades,fiz o meu papel
Eu quis lhe oferecer o que ninguém me deu
Você não acredita, mais eu fui fiel
Amei você
Mas hoje posso ver que foi melhor assim
Preciso te esquecer pra me lembrar de mim
A vida continua
E no brilho de uma pedra falsa
Dei amor a quem não merecia
Eu pensei que era uma jóia rara,era bijuteria
Das mentiras das palavras doces
Se calou no teu olhar tão frio
Na beleza do teu rosto esconde um coração vazio
Amei você
Sem truques,sem maldades,fiz o meu papel
Eu quis lhe oferecer o que ninguém me deu
Você não acredita,mas eu fui fiel
Amei você
Mas hoje posso ver que foi melhor assim
Preciso te esquecer pra me lembrar de mim
A vida continua...


                                                           Fran     

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Eu sonhava.



Eu sonhava. 
Eu fechava os olhos e sonhava, sem que você percebesse. 
Sem que você percebesse, eu abria os olhos e sonhava o mesmo sonho. 
Eu sonhava o mesmo sonho noite após noite, antes de dormir. 
Antes de dormir você me beijava, e me prendia no seu abraço. 
Você me prendia no seu abraço e então eu era livre para voar. 
Eu era livre para voar, então eu fechava os olhos e pulava.
Eu pulava no abismo do sonho e não caía, eu voava.
Eu voava de olhos abertos, e sonhava. 
Eu sonhava o mesmo sonho, no qual você me beijava e me prendia no seu abraço, 
sem nunca mais me soltar.

                                                                 Fran     

Nossas Perdas.





E ela assim se fez
Um olhar sem sentimento
E se perdeu na própria dor
Não tente procurar se não quer encontrar
Motivos pra nos esquecer
Sinto o peso, a solidão
Que sua falta me causou
Mas não deixo de tentar.. fazer dar certo
Faça dessa nossa vez
Não temos muito tempo
E deixe as mágoas pra depois
Quero que você saiba que também não entendia
Só não deixei de acreditar..
Em nós (Mas você deixou)
Mas voce deixou
E agora..
Sinta o peso, a solidão
Que você mesma criou, você nunca acreditou
Sinta a dor..



                                                                                     

                                                      Fran [F]              웃  

domingo, 22 de julho de 2012

Tudo passa. Sempre...



Coloquei uma música que eu ouvi muito há um tempo atrás, depois de uma decepção, dessas que derrubam e a gente nem sente vontade de levantar. 
E aí, quase pude sentir toda aquela dor outra vez.
E lembrei que um dia um tal moço me disse: nunca mais fale de amor, você não sabe amar. E que doeu ouvir. Mas hoje eu percebo que, de alguma forma, ele estava certo. E que o amor que ele conhecia, era realmente bem diferente do meu.
Difícil explicar dor de amor. Dessas que a gente sente uma vontade imensa de voltar no tempo, e seguir outro caminho, só pra não ter que passar tudo aquilo.
E lembrar da intuição mandando mudar o rumo, e o coração pedindo pra deixar acontecer 'só mais um pouquinho'.
E eu, que nunca soube entrar nas coisas pela metade, amar com moderação, manter os pés no chão, acho que agora aprendi. Acho que, hoje, o medo esmagou um pouco aquela inocência de acreditar em 'felizes para sempre', 'amor da minha vida', mas sem desacreditar no amor. 
Por algum tempo eu fiquei me perguntando quais as razões que levam uma pessoa a viver uma história de mentira, a fingir que ama, a fazer promessas sabendo que não vai cumprir. Sei lá se as pessoas mentem, ou se enganam.
Sei lá se é por maldade. Sei lá.
O passado passou. Mas não é bonito lembrar. Não é bom puxar na memória os momentos bonitos, porque, inevitavelmente, os feios vêm junto.
Então virou aprendizado, e só. Principalmente, do que não fazer. Do que não quero em um homem. Do que eu dispenso no amor. Do que (na minha opinião) não deve existir em uma relação.

E, embora seja clichê, uma das maiores certezas que tenho, é que quase tudo tem lado bom. Até os tombos, que me deixaram mais resistente as quedas. 
Até as ausências, que me fizeram notar que posso viver sem determinadas pessoas.
Até as partidas, de gente que trazia pra minha vida mais lágrimas do que sorrisos, e acabaram abrindo espaço pra gente bonita de alma entrar.
O que eu sei é que a dor ensina. Que do chão a gente - realmente -  não passa. Que um dia a gente levanta. Que dor de amor que acaba, pode ser transformada em esperança de dias mais bonitos, ao lado de quem sabe amar de verdade.
Hoje, eu tenho evitado alguns voos, por medo do tombo. Mas eu tenho certeza, que quando aparecer a pessoa certa, assim, com um jeito-torto-parecido-com-o-meu, eu vou criar coragem, e de mãos dadas com ela, vou encarar o salto.

(E confiar) De olhos fechados, e coração bem aberto.


[Amém]

                                                      Fran     

The end.



Eu não sei quem errou.
Vejo erros em nós dois.
Só acabou. Aqui dentro.
Sabe? Um dia eu acordei e tive certeza de que não te queria mais.
Agora a gente fica aqui, trocando acusações, e apontando o dedo sujo na cara um do outro, só pra fingir que já não dói.
Não é dor de amor. É sentimento de fracasso.
É dor por saber que o que foi tão lindo um dia, se resume a isso agora.
Que todo aquele carinho virou rancor.
Nunca mais digo que amor nunca acaba.
Que se teve fim não era amor.
Porque era. Como era.
Eu amei cada minuto ao seu lado, cada centímetro do seu corpo encostado no meu.
Cada reencontro depois de algumas horas longe, que mais pareciam semanas.
Eu juro que foi de verdade.
Cada sms, cada pedido de colo, cada suspiro de saudade.
Tudo verdade. Cada e-mail, cada sorriso ouvindo sua voz, cada vontade que eu tinha e era só sua. 
Foi com você que eu descobri que não dá pra ser completamente feliz sem um amor.
Sem todo esse amor, que tira o sono, e que dá aquela vontade de eternidade.
E foi com você que eu descobri que amor pode acabar sim. 'Que uma simples mentira pode ser o começo do fim.'

Melhor a gente não se ver por um tempo, né? 

Fica bem? 

Se cuida.
                                                    Fran     

Como resposta: Minha Felicidade!!




Chega uma hora, em que você entende que o que as pessoas falam, é só o que elas falam.
E não o que você é.
Não atinge, não incomoda, não ofende.
Porque você só se culpa, se sua consciência permitir.
E se ela está tranquila, qualquer tipo de ataque alheio, é o mesmo que nada.
Aí você aprende que cada um oferece o que tem.
E você pára de revidar, de se preocupar, de se abalar com julgamento de quem vive de mal com a vida.
Você percebe que atrai o que transmite, e passa a usar seu tempo só com quem te faz bem. E aí, fica em paz.

Porque a gente ganha uma briga, quando 'foge' dela.


"Dar ouvidos para a maldade, é prolongar o mal.
                 
                                               Fran      

Do verbo ficar. (Fica?)




Eu fecho os olhos e te beijo a boca, viro de um lado pro outro, sem conseguir dormir.Eu digo se cuida, querendo cuidar, estar aí, te mostrar que sentir não tem explicação, e nem pode ficar pra depois.Dizem que a distância não é nada, quando temos o coração como ponte.Atravessa, e fica pra sempre?Eu não quero te perder sem ter.Embrulha meus medos no teu abraço, repete tudo o que foi dito de tão bonito, desenha um sorriso no meu rosto de novo?Hoje choveu lá fora, e aqui dentro escureceu.Tô te esperando chegar pra amanhecer outra vez. 
É que o teu querer me ilumina.



                                          Fran [F]        웃  

Sua Partida...




Quando você foi embora, me senti pequena.
E não percebi o quanto crescia.
Quando você foi embora, chorei por muito tempo.
E não imaginei que depois daquelas lágrimas viriam belos sorrisos.
Quando você foi embora, pensei que o mundo fosse desmoronar.
E nem pensei que ele se transformaria em um lugar melhor.
Quando você foi embora, me senti completamente sozinha.
E demorei para notar quantas pessoas me amavam.
Quando você foi embora, vi vários sonhos e planos caindo por terra.
E nem suspeitei que o destino traçava coisas bem melhores e mais concretas para mim.
Quando você foi embora, me achei culpada por tudo o que não deu certo.
E jamais pensei que um tempo depois você me provaria o contrário.
Quando você foi embora, a minha vida ficou vazia.
E hoje ela é, completamente, preenchida por mim.
Quando você foi embora, não olhou para trás.
E muitas vezes depois, quis retomar pedaços do nosso passado…
Mas aí, já era tarde demais!
Quando você foi embora, eu sabia que tudo mudaria, que eu me transformaria, que a vida seria diferente…
A única coisa que eu não sabia, é que todas essas mudanças seriam para melhor.
Quando você foi embora, eu não sabia que poderia ser tão feliz!

                   Fran [F]        웃  

E o "quem sabe um dia" nunca chega!!!



A gente se engana demais. 
Diz que nunca mais, e repete pra si mesma que acabou.
Deleta, bloqueia, não procura, diz que não quer saber. Mas o coração, todos os dias se pergunta: como será que ele está?
E a gente acorda com uma pontada de esperança que aquele seja o dia que ele vai nos procurar, assim, só pra saber se tá tudo bem.
Mas esse dia não chega, e o peito aperta e a gente vai desviando o foco, procurando outros sorrisos, engavetando os sentimentos, praticando o verbo desistir.
Tem gente que veio pra ficar, mesmo quando vai embora, e enche os nossos dias com um vazio que dói.

É que sobre esquecimentos, meu coração não sabe bem!

                                                        Fran [F]               


O que (não) restou.




Porque a vida segue.
Mas o que foi bonito fica com toda a força. 
Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. 
E a gente lembra.
E já não dói mais.
Mas dá saudade.
Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.
Eu queria te contar que não dói mais.
Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso.
Queria que você soubesse que já vi aquele filme umas vinte vezes e nem chorei.
Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você.
Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. 
Porque elas me fazem lembrar de tudo o que vivemos...


(Então eu pego o passado, e transformo em poesia-ou-coisa-assim.)
                                                                Fran []

Outra vez "nós"






Tanto sentimento guardado, tantas palavras não ditas, tanto querer adormecido.
Teu sorriso era um convite irrecusável pra voltar ao passado e resgatar a velha sensação de felicidade plena.
Encaixada no teu colo, eu consigo ser tão mais eu.
Cabelo preso entre os seus dedos, e o meu quadril no mesmo ritmo do seu.
Sua, como sempre fui.
Foi a noite do reencontro, do (nosso) recomeço, de colocar as vontades em dia e enterrar de vez a saudade.


Hoje a felicidade bateu na minha porta. E eu? 
Mandei entrar e dormi de conchinha com ela.
                                                                    




                                                      Fran [F]


sábado, 21 de julho de 2012

Desaprendi o caminho de volta pra mim.


Hoje eu passei o dia olhando pra dentro.
Tentando reencontrar quem há tempos eu não sou mais.
A poesia que eu não sei mais escrever, aquele sorriso que não dei mais, o olhar que dizia tanto.
Era uma vez a paz que morava aqui.
Os filmes e livros deixados em um canto.
O  amor que reclama que eu não sei amar,
A preocupação maior em parecer do que ser.

Eu era feliz e sabia. E agora sinto uma falta de mim...


                                                                     Fran [F]        



Re-luto o Real.



Não há dor maior que a dor da impossibilidade de um coração, que sonhou com o céu de outra alma, que viajou por mundos e derrubou muros para estar perto.
Sonhou sozinho uma realidade acompanhada.
Um coração de partidas, idas e vindas trazendo o outro.
Viajante, mas seguro do ponto de encontro: o tão sonhado e desejado (outro) coração*.
Viver da ilusão de tornar possível o impossível foi o desafio constante de manter viva a esperança. Tantas vezes pareceu haver escutado respostas; tantas outras pensou haver entendido sinais. Eram ecos ilusórios, miragens que se vê quando se atravessa os desertos da alma.
Cedo ou tarde a realidade seria deflagrada.
O coração chora lágrimas que desembocam num mar. Morto. Acabou a vida dos sonhos.
Bem me avisara o luto que tanto neguei.  
Difícil pensar num esvaziamento, numa ruptura de algo que se tornou parte da essência de um todo.
Nas lágrimas, todo o não dito, escrito, vivido. Densas lágrimas correm pelo rosto triste de quem, logo mais, terá que sorrir.
O coração está morto e, hoje, chora todas as suas mortes. Sem fim.
                                        




                                                          Fran